O Texto busca entender como operam os processos de racialização e etnização na República Dominicana, manifestados por meio de negrofobia e anti-haitianismo e fundamentados em produção acadêmica historiográfica e sociológica em relação direta com políticas públicas e política externa. Ressalta-se, dessa forma, o papel dos intelectuais engajados na construção do projeto de nação que buscam uma eufemização, ressignificação e ocultação de práticas racistas e xenofóbicas, principalmente em relação ao vizinho Haiti. O arcabouço teórico-metodológico será a análise crítica do discurso, na linha de Michel Foucault e Norman Fairclough, em que fica evidenciada a natureza dialética e social do discurso, ou seja, o discurso constitui a realidade social e, ao mesmo tempo, é constituído por ela. O sujeito do discurso não só reproduz o aparelhamento ideológico e se assujeita a ele, mas é capaz também de ação crítica e transformadora. Assim, ressalta-se que na produção discursiva dominicana há resistências internas e há intelectuais que desafiam a visão hegemônica. Dessa forma, o foco deste artigo será os textos e discursos prolatados por indivíduos letrados vinculados à construção da negrofobia sem deixar de visitar os discursos resistentes a ela
Palavras-chave:
racismo de Estado, negrofobia, Haiti, República Dominicana
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Como Citar
Rodrigues Pinto, S. (2018). Racismo de Estado e Anti-Haitianismo na Construção do Nacionalismo Dominicano. Meridional. Revista Chilena De Estudios Latinoamericanos, (10), 45–70. https://doi.org/10.5354/mrd.v0i10.48847
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