Em meados dos anos 2000, a evidência indicava que um em cada sete estudantes do
ensino superior no Chile eram a primeira geração de suas famílias em atingir esse
nível de ensino. Este artigo tenta explorar as consequências deste processo na condição
socioeconômica deste grupo. Para isso, concentra-se na coorte que atualmente tem
entre 25 e 35 anos e compara as trajetórias educacionais e laborais daqueles que são a
primeira geração com curso superior com a de outros dois grupos: aqueles que têm
curso superior e são filhos de pais profissionais (herdeiros) e aqueles que são filhos de
pais sem ensino superior e também não atingiram esse nível de ensino (reprodutores).
A análise é baseada na Pesquisa Nacional de Caracterização Socioeconômica (Casen)
de 2017 e inclui um conjunto de indicadores sobre o perfil educacional, a atividade
laboral, a renda e a moradia. Os resultados mostram que, embora os estudantes da
primeira geração se distanciem dos reprodutores tanto em termos laborais quanto
socioeconômicos, eles apresentam um conjunto de diferenças em relação aos herdeiros
que fazem com que esse grupo mantenha uma distância tanto em termos educacionais,
quanto sociais e laborais.
Palavras-chave:
grupos geracionais, trajetórias educacionais, emprego
Biografia do Autor
Felipe Ghiardo, Centro de Estudios Sociales CIDPA
Investigador Centro de Estudios Sociales CIDPA, Valparaíso, Chile. Correo electrónico: felipe@cidpa.cl
Óscar Dávila León, Centro de Estudios Sociales CIDPA
Investigador Centro de Estudios Sociales CIDPA, Valparaíso, Chile. Correo electrónico: oscar@cidpa.cl
Ghiardo, F., & Dávila León, Óscar. (2020). Ensino superior e estrutura social no chile abordagens de três grupos geracionais. Última Década, 28(53), pp. 40–77. Recuperado de https://ultimadecada.uchile.cl/index.php/UD/article/view/58447