Neste trabalho, realiza-se um resgate histórico da noção de juventude, entendida como um discurso que enfatiza as condições sociais, históricas e culturais que tornaram possível seu surgimento. Inicia-se pelas sociedades primitivas, passando-se pela sociedade antiga, medieval, industrial, ascendendo à denominada sociedade pósindustrial, ou seja, o momento atual. Esse processo possibilitou focar a atenção nas subjetividades juvenis que marcaram diferentes momentos históricos, que têm sido valorizadas e reconhecidas socialmente através de lutas de reconhecimento social as quais, muitas vezes, obscureceram outras formas de ser jovem. Finalmente, sustentase que a produção deste artigo foi possível a partir da existência de ampla bibliografia sobre juventude, que a situa na atualidade como um domínio do saber que permite ampliar a visão de etapa de transição, enfatizando a influência do contexto social, histórico, cultural, econômico e político na produção das subjetividades juvenis. Neste sentido, propomos a pesquisadores do tema perguntas que possibilitem questionar quais subjetividades juvenis ajudamos a construir ao entrevistar os/as jovens, sem esquecer que ao dizer, falar, estes/as expressam sua subjetividade.
Castillo, A., Lucero, M., & Gasquez, M. (2020). Aproximação ao discurso de juventude como construção social, histórica e cultural. Última Década, 18(33), 43–58. Recuperado de https://ultimadecada.uchile.cl/index.php/UD/article/view/56078