Sociabilidade juvenil masculina e risco. Discrepâncias e acordos entre um programa de prevenção do delito juvenil e seus beneficiários
Autores
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Marina Medan
Universidad de Buenos Aires
Resumo
A partir dos anos 90, na América Latina, manifesta-se a preocupação estatal com o delito juvenil, por meio de programas que conciliam interesses de segurança e de inclusão social. Paralelamente, estatísticas oficiais assinalam o viés masculino e juvenil do delito e de outras ações de risco, mas sem problematizar a dimensão de gênero. Assumir riscos é uma das práticas associadas tipicamente à masculinidade. Por sua vez, representa o principal questionamento que um programa de prevenção do delito juvenil realiza para seus beneficiários homens. Este artigo aborda como as definições sobre o que se considera arriscado na sociabilidade juvenil masculina são diferentes para programas e beneficiários e impõem limites aos objetivos da intervenção institucional. A emergência de tais discrepâncias permite discutir, além de tudo, o papel das instituições nas construções identitárias de gênero e a capacidade de resposta juvenil a partir de sua posição de subalternidade. O dados utilizados surgem de um estudo qualitativo sobre um programa de prevenção do delito juvenil implementado na zona sul da Grande Buenos Aires, Argentina. O trabalho de campo foi realizado entre 2007 e 2009.
Palavras-chave:
políticas sociais, interações sociais, masculinidades juvenis
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UD