Este trabalho pretende abordar uma discussão já existente sobre jovens, consumo e espaço com o objetivo de sistematizar algumas idéias a respeito da relação entre a transformação da oferta comercial e a cultura juvenil, e avançar na análise de seus efeitos sobre os ambientes locais socioeconômicos. No marco das dinâmicas que marcam a reestruturação do cenário metropolitano de Buenos Aires, os grandes centros comerciais e recreativos, merecem um tratamento especial já que foram criados como espaços urbanos que internalizan recursos que permitem aos jovens classificar-se e classificar aos demais, ao mesmo tempo em que produzem uma redefinição, de caráter local, do consumo destes espaços e seus bens. Desenho arquetetônico, música, decoração, integração funcional, eventos, motivação publicitária, anúncios, exibição de bens, tudo conflui para dar forma e atmosfera comercial que do que existe no interior destas grandes superfícies comerciais e recreativas, onde se respira o fenômeno do consumismo. Dinâmica econômica que se vê complexada com a postura ativa por parte dos jovens que, com suas práticas sociais no interior destes espaços, recriam o cenário no qual encontram-se submerços, com um forte impacto sobre os sistemas socioeconômicos locais.