Juventude negada e negativizada: representações e formações discursivas vigentes na Argentina contemporânea

Autores

  • Mariana Chaves Universidad Nacional de La Plata

Resumo

Este artigo apresenta descrição e análise das representações e discursos em vigor sobre os/as jovens na Argentina urbana contemporânea. Esta caracterização foi construída com base no trabalho de campo realizado com diversos atores (jovens, não-jovens, meios de comunicação), entre 1998 e 2004 na cidade de La Plata (Província de Buenos Aires, Argentina) como parte da pesquisa de doutorado desta autora (Chaves, 2005). A análise dos discursos permitiu identificar diversas representações sobre a juventude e reconhecer formações discursivas das quais estas representações faziam parte. O texto apresenta também uma sistematização de caracterizações realizadas por outros autores sobre a juventude argentina e/ou a juventude latino-americana, e são estabelecidas equivalências com a proposta apresentada. Finalmente, interpreta-se que os olhares hegemônicos sobre a juventude latino-americana correspondem aos modelos jurídicos e repressivos do poder. Sustenta-se que a juventude está marcada pelo «grande NÃO». É negada (modelo jurídico), ou negativizada (modelo repressivo). Nega-se ao jovem a existência como sujeito total (em transição, incompleto, nem criança, nem adulto), ou este tem suas práticas negativizadas (juventude problema, juventude cinza, jovem desviado, tribo juvenil, rebelde, delinqüente).

Palavras-chave:

juventude, discursos, representações

Biografia do Autor

Mariana Chaves, Universidad Nacional de La Plata

Antropóloga argentina, candidata a doctora FCNyM, UNLP. Becaria CONICET. Docente e investigadora Núcleo de Estudios Socioculturales, Facultad de Trabajo Social, Universidad Nacional de La Plata y de la Universidad Nacional de Tres de Febrero. E-Mail: mchaves@fcnym.unlp.edu.ar.