Os movimentos sociais buscam objetivos coletivos em negociação com adversários. Seu poder de influência dependerá do seu nível de força. Este artigo oferece uma nova síntese conceitual da noção de força a partir das descrições presentes na literatura sobre movimentos sociais e os elementos do conceito de fortalecimento ou empoderamento da psicologia comunitária. Por meio desta ferramenta conceitual, analisa-se teoricamente o movimento estudantil entre os anos de 2002 e 2011. Conclui-se que o movimento possui pontos fortes, tais como: demandas legítimas, um marco interpretativo consensual em sua essência, a simpatia da população, uma importante motivação de controle, boa organização horizontal e táticas diretas. Por outro lado, devem ser questionados o nível de cumprimento das metas, a identidade como um movimento, a clareza das fronteiras internas e externas e as oportunidades políticas que beneficiam o movimento.
Palavras-chave:
movimento estudantil, força, empoderamento
Biografia do Autor
Carmen Silva Dreyer, Universidad Alberto Hurtado
Psicóloga, magíster en psicología social comunitaria, investigadora Universidad Alberto Hurtado, Santiago, Chile. E-Mail: casilvdr@uahurtado.cl.
Javier Romero Ocampo, Universidad Central de Chile
Profesor de historia y geografía, sociólogo y psicólogo, doctor en estudios americanos, mención pensamiento y cultura, Universidad de Santiago de Chile. Académico Escuela de Psicología, Universidad Central de Chile. E-Mail: jromeroo@ucentral.cl.
Silva Dreyer, C., & Romero Ocampo, J. (2020). O que é um movimento social forte? A conceituação da noção de força e aplicação ao caso do movimento estudantil 2002-2011 no Chile. Última Década, 21(38), 91–108. Recuperado de https://ultimadecada.uchile.cl/index.php/UD/article/view/56129