A teoria do capital cultural —desenvolvida por Pierre Bourdieu e seus seguidores—, tem mantido uma relação ambivalente com a juventude. Por um lado, os estágios iniciais de vida são cruciais para a formação do habitus, que estabelece as bases para futuras realizações. Por outro lado, os jovens ocupam posições subalternas no campo social, sendo herdeiros de uma cultura transmitida por suas famílias e contextos sociais de origem. No entanto, os estudos realizados nos últimos anos no contexto dessa teoria —principalmente em relação à prática cultural—, têm mostrado a importância da idade para compreensão dos padrões de comportamento identificados. Apesar disso, historicamente, as pesquisas feitas a partir da teoria das subculturas são as que mais têm avançado no estudo dos jovens. O objetivo deste artigo é contribuir para o desenvolvimento da teoria do capital cultural recorrendo majoritariamente ao diálogo e à convergência metodológica entre ambas as teorias, usando como exemplo o caso chileno.
Palavras-chave:
juventude, capital cultural, participação cultural, espaço social, campo social
Biografia do Autor
Modesto Gayo, Universidad Diego Portales
Profesor en la Escuela de Sociología de la Universidad Diego Portales, Santiago, Chile. E-Mail: modesto.gayo@udp.cl.
Gayo, M. (2020). A teoria do capital cultural e a participação cultural dos jovens. O caso chileno como exemplo. Última Década, 21(38), 141–171. Recuperado de https://ultimadecada.uchile.cl/index.php/UD/article/view/56131