Neste artigo, apresentam-se algumas linhas argumentativas que convidam a incorporar as contribuições das crianças para refundar as relações intergeracionais em um sentido emancipatório. Argumenta-se a necessidade de implementar perspectivas centradas na criança que nos convidem a reagir a este mundo a partir de um lugar aberto ao jogo, ao riso, às interrupções, aos caminhos sem chegadas, ao espanto, à ternura e à solidariedade inter e intrageneracional. A proposta inclui o desenvolvimento de dez desafios intergeracionais que consideramos fundamentais para revisar criticamente o lugar atribuído às novas gerações na distribuição geral do poder em nossas sociedades.